As tarifas sobre o abacate dão vantagens ao México em relação a outros países nas suas exportações para os Estados Unidos, entre eles o Peru, a Colômbia e o Chile.
Em 7 de agosto de 2025, entraram em vigor nos Estados Unidos tarifas recíprocas entre 10% e 41% aplicadas a 95 países. A medida aumenta a tensão comercial global, encarece insumos estratégicos e coloca em risco a estabilidade econômica internacional.
O México é o principal exportador de abacate para o mercado americano e suas remessas dessa fruta não pagam tarifas alfandegárias nos Estados Unidos.
Tarifas sobre o abacate
Um em cada dois abacates consumidos nos Estados Unidos vem do México. Esta posição reflete a força do campo mexicano e seu impacto no comércio agrícola. Além disso, mostra a crescente dependência dos Estados Unidos das exportações mexicanas para abastecer sua demanda interna.
De janeiro a julho de 2025, o México exportou abacates para os Estados Unidos no valor de US$ 2,197 bilhões. Esse volume representou um aumento anual de 18,1%.
A seguir, são indicadas as exportações de abacate para o mercado norte-americano de janeiro a julho de 2025, em milhões de dólares:
- México: 2,197.
- Peru: 161.
- Colômbia: 118.
- República Dominicana: 40.
- Chile: 22.
Vantagem tarifária
Em 2 de abril de 2025, os Estados Unidos impuseram uma tarifa mínima de 10% sobre todas as importações estrangeiras, em vigor a partir de 9 de abril de 2025.
A empresa americana Mission Produce indicou que seus abacates importados vêm principalmente do México e do Peru, com importações adicionais de vários países da América Central e da América do Sul, alguns dos quais estão sujeitos a tarifas superiores a 10%.
Como a fruta mexicana está isenta sob o T-MEC, a empresa é afetada pelas tarifas de 10% sobre a fruta peruana.
Nos primeiros sete meses de 2025, as importações americanas de abacate de todo o mundo foram de US$ 2,538 milhões, um aumento anual de 20,9%.
Algumas empresas anteciparam as exportações antes da entrada em vigor das tarifas para evitar o pagamento das novas tarifas.
Nos Estados Unidos, a demanda por abacate cresce constantemente. O consumo per capita multiplicou-se em duas décadas, impulsionado por tendências de alimentação saudável e popularidade na gastronomia. Esse aumento fortalece as importações mexicanas e dinamiza o comércio agrícola bilateral.