A partir de segunda-feira, os Estados Unidos aplicam um direito antidumping de 17,09% à maioria das importações de tomate do México. 

Essa cobrança ocorre após a rescisão do acordo de 2019 que suspendeu essa medida. 

O Departamento de Comércio justificou a decisão argumentando que os produtores norte-americanos foram afetados por preços injustos.

A esse respeito, Marcelo Ebrard, Secretário de Economia do México, declarou que as partes ainda estão negociando esse assunto.

Importações de tomate do México

A ordem afeta a maioria das importações do México, o principal fornecedor com uma participação de 86%. Em 2024, as compras de tomates mexicanos pelos EUA totalizaram 3,234 bilhões de dólares, um aumento de 15% ao ano.

O Secretário de Comércio, Howard Lutnick, declarou que essa decisão está de acordo com as políticas do Presidente Trump. Por sua vez, Marcelo Ebrard, chefe da economia, advertiu que haverá “repercussões imediatas” nos Estados Unidos, portanto, ele espera que o impacto inflacionário impulsione uma nova negociação.

Em negociações anteriores semelhantes, os exportadores mexicanos foram cobrados pela cota e, depois de chegarem a um acordo, essas cobranças foram reembolsadas.

A cota será aplicada durante todo o processo. Ebrard lembrou que uma situação semelhante ocorreu em 2019, quando, após seis meses, outro acordo foi alcançado.

Cotas de dumping

Desde 1996, cinco acordos de suspensão foram assinados entre os dois países. O mais recente exigia preços mínimos de venda e reduções de dumping. Sua cláusula de saída permitia que qualquer uma das partes se retirasse com aviso prévio de 90 dias, o que já foi feito pelos EUA.

A Comissão de Comércio Internacional está agora avaliando se há “circunstâncias alteradas” suficientes para rever a medida. Embora improvável, uma revisão poderia facilitar o fim de futuras taxas antidumping. Ebrard encerrou observando que essas negociações exigem “cabeça fria e perseverança”.