Sinaloa ficou em primeiro lugar entre os estados com a maior produção de tomate no México em 2024, de acordo com dados do Ministério da Agricultura.
O estado foi responsável por 19% da produção total de tomate, seguido por San Luis Potosí, com 14%.
Estados com maior produção de tomate
A produção mexicana desse vegetal caiu 1% em 2024 devido à seca, para 3,19 milhões de toneladas.
A agricultura protegida se tornou a força motriz da produção de tomate no México. Atualmente, 70% são cultivados em estufas, enquanto os 30% restantes são cultivados em campos abertos.
A seguir, a participação dos estados com a maior produção de tomate no México em 2024:
- Sinaloa: 19%.
- San Luis Potosí: 14%.
- Michoacán: 8 por cento.
- Morelos: 5 por cento.
- Baja California Sur: 6 por cento.
- Resto dos estados: 48%.
Uso de tecnologia
O México mantém a produção contínua de tomate durante todo o ano. No inverno, Sinaloa é responsável por mais de 80% dos embarques para o mercado dos EUA. Entretanto, com a chegada da primavera, a atividade se desloca para o centro e o oeste do país. Jalisco, Sonora e San Luis Potosi se destacam nessa fase.
Os rendimentos melhoraram drasticamente graças ao uso da tecnologia agrícola. As estufas atingem até 30 quilos por metro quadrado. Além disso, práticas como fertirrigação, irrigação por gotejamento e o uso de enxertos aumentaram a produtividade e reduziram as perdas.
Desde 14 de julho de 2025, os Estados Unidos aplicam um direito antidumping de 17,09% sobre as importações de tomate mexicano. A medida entrou em vigor após o cancelamento do Acordo de Suspensão assinado em 2019. O objetivo é frear as vendas consideradas desleais – o que o governo mexicano nega – e proteger os produtores locais.
Diante desse cenário, o governo mexicano está planejando novas negociações. Ao mesmo tempo, a Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos (USITC) está avaliando se há mudanças que justifiquem a revisão da cota. O setor norte-americano afirma que o dano persiste, embora o aumento de preços possa acelerar uma solução.
O México foi o último a entrar no mercado americano de tomates com efeito estufa. Entretanto, já possui mais área cultivada do que os EUA e o Canadá juntos. Muitas estruturas são de baixa tecnologia, mas ainda são comercializadas como estufas.
Apesar dos rendimentos e da qualidade mais baixos, o México faz bom uso das estações frias. O outono, o inverno e a primavera aumentam a produção. Além disso, a adoção de tecnologia mais sofisticada estende a estação de crescimento e melhora a produtividade dos tomates mexicanos.