O mercado do hidrogênio renovável manterá um crescimento previsível sustentado a partir de subsídios de vários países desenvolvidos.
De acordo com a SunHydrogen, o hidrogênio se consolida como fundamental na transição energética global. Ele oferece soluções onde os combustíveis fósseis falham, tanto em termos de custos quanto de impacto ambiental. Além disso, a Deloitte projeta que o mercado de hidrogênio renovável poderá atingir US$ 1,4 trilhão por ano até 2050, impulsionado pela crescente demanda por descarbonização em todos os setores.
Mercado de hidrogênio renovável
O hidrogênio é o elemento mais abundante do universo. Quando usado como combustível no transporte e na indústria, seu único subproduto é água pura. Em contrapartida, hidrocarbonetos como petróleo, carvão e gás natural geram CO₂ e outros poluentes.
O mercado de hidrogênio cresce rapidamente. Incentivos políticos, tecnologias emergentes e maior adoção industrial aceleram sua expansão. De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), no último ano duplicaram os projetos de hidrogênio de baixas emissões que chegaram à decisão final de investimento, embora muitos ainda estejam em fases iniciais.
Nos Estados Unidos, a Lei de Redução da Inflação (IRA) estabeleceu o Crédito Fiscal para a Produção de Hidrogênio Limpo. As regulamentações finais do Tesouro/IRS, emitidas em 3 de janeiro de 2025, confirmam um crédito escalonado por quilograma de até US$ 3/kg, com base em uma intensidade de carbono do ciclo de vida ≤4 kg de CO₂e/kg de H₂, disponível por 10 anos a partir da data de entrada em operação da instalação; os créditos são transferíveis e podem ser usados como pagamento direto durante os primeiros cinco anos.
A legislação posterior, promulgada em julho de 2025, fixou 1º de janeiro de 2028 como prazo para o início da construção. Em conjunto, essas mudanças buscam proporcionar maior segurança de investimento aos promotores.
Europa
Na União Europeia, o plano REPowerEU estabelece metas de 10 milhões de toneladas de hidrogênio renovável produzido localmente e outros 10 milhões importados até 2030. Essas metas são apoiadas por infraestruturas essenciais, como tubulações troncais e corredores de importação.
No Japão, a Estratégia Básica de Hidrogênio revisada em junho de 2023 estabelece uma meta de uso de 12 milhões de toneladas anuais até 2040, incluindo amônia, e mantém uma meta de 20 milhões até 2050. O plano é apoiado por compromissos plurianuais de investimento público-privado.
A Austrália, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos buscam se consolidar como grandes produtores e exportadores. A Austrália atualizou sua Estratégia Nacional de Hidrogênio em 2024 para orientar a produção, o uso e a exportação. A Arábia Saudita avança com o projeto NEOM, e os Emirados Árabes Unidos impulsionam sua Estratégia Nacional de Hidrogênio 2050, ambos com ambições de exportação em grande escala e desenvolvimento de infraestrutura.