Os materiais e componentes de aço e alumínio importados do México e do Canadá tornam os Estados Unidos mais competitivos, destacou a Caterpillar no âmbito das consultas do T-MEC.
Consequentemente, a empresa solicitou ao governo do presidente Donald Trump que isente dos tarifas da Seção 232 os produtos que cumprem os requisitos do T-MEC.
Materiais e componentes de aço
Com sede em Irving, Texas, a Caterpillar possui mais de 65 centros importantes, mais de 51.500 funcionários e uma rede de distribuidores com dezenas de milhares de funcionários nos Estados Unidos.
Somente nos Estados Unidos, a Caterpillar adquire mais de US$ 10 bilhões por ano de mais de 2.400 fornecedores, muitos dos quais são pequenas empresas.
Para esta empresa, o T-MEC tem sido fundamental para seu sucesso como exportador líquido.
O Canadá e o México são os principais destinos de exportação dos produtos Caterpillar fabricados nos Estados Unidos (maquinário e peças/componentes) que abastecem indústrias como energia, mineração e construção.
Portanto, manter o livre comércio dentro da América do Norte é crucial para garantir que o Canadá e o México continuem sendo os principais destinos de exportação.
“Por isso, solicitamos respeitosamente ao governo que isente das tarifas da Seção 232 os produtos que cumprem os requisitos do T-MEC”, afirmou a empresa.
Complementaridade produtiva
Ao oferecer essa isenção para os produtos que cumprem as normas de origem do T-MEC, incentiva-se as empresas a obter materiais e componentes dentro desse bloco comercial de longa data.
A Caterpillar já obtém a maior parte de seus componentes e aço dos Estados Unidos, mas contar com capacidade de produção adicional do Canadá e do México contribui para que os equipamentos que a empresa fabrica nos Estados Unidos sejam mais competitivos a nível mundial.
Além disso, o programa de reembolso de direitos e remissão de tarifas do T-MEC beneficiou as empresas que operam internacionalmente, mas poderia ser melhorado com a eliminação da regra do “menor dos dois”.
O artigo 2.5 do T-MEC limita o valor do reembolso dos direitos de devolução, ou o valor dos direitos diferidos sob os programas de adiamento de direitos, ao menor dos seguintes valores: os direitos pagos no momento da admissão no primeiro país do T-MEC ou no momento da exportação e importação para o segundo país do T-MEC.
Segundo a Caterpillar, isso desincentiva tanto a integração das cadeias de abastecimento dentro da América do Norte quanto as exportações para o Canadá e o México em comparação com outros países.