O secretário da Economia do México, Marcelo Ebrard, solicitou a participação do Senado nas consultas do T-MEC.
Em sua comparecimento nesta quarta-feira perante o Senado da República, Ebrard indicou que manteve contato com duas comissões de senadores relacionadas com a revisão do T-MEC.
“Temos tentado compartilhar informações, aproximar ao máximo os pontos de vista de vocês”, disse ele.
O Senado nas consultas do T-MEC
A revisão do T-MEC em 1º de julho de 2026 permitirá avaliar seu funcionamento, receber comentários públicos e decidir se ele será renovado por 16 anos. O USTR apresentará recomendações ao Congresso antes de janeiro de 2026.
O Senado do México participará ativamente da revisão do T-MEC. Ele se coordenará com a Secretaria da Economia, realizará fóruns nacionais, coletará propostas de diversos setores e, em caso de modificações, será responsável por aprovar as alterações ao tratado.
“E eu acho que seria muito positivo, é claro, se vocês assim o decidirem, que as comissões que vocês integraram para acompanhar o tratado, para a economia, também possam participar dos processos de consulta com as modalidades que vocês dispuserem”, disse Ebrard aos senadores.
Consultas públicas
O processo de revisão do T-MEC varia entre os três países. No México, as consultas são realizadas por entidade federativa. Nos Estados Unidos, não, e no Canadá é aplicado um modelo misto. Cada nação define seus mecanismos de participação.
No México, as consultas serão concluídas em janeiro, quando será apresentado um modelo de colaboração que incluirá o setor privado, o movimento trabalhista e o Senado da República. Este último desempenha um papel decisivo na definição das posições nacionais.
Durante as negociações de 2019, quando os Estados Unidos propuseram o acordo de “terceiro país seguro”, o Senado foi fundamental. Em uma sessão da Junta de Coordenação Política, todas as forças representadas concordaram em rejeitar essa medida.
O acordo foi registrado em um documento conjunto que fortaleceu a posição do México perante Washington. Essa experiência reforça hoje a relevância do diálogo entre o Executivo e o Legislativo na revisão do T-MEC.
“É muito importante que o Senado da República participe. E, do nosso ponto de vista, isso não seria algo que complicaria a negociação, mas algo que a sustentaria, estabelecendo quais são os limites da revisão do tratado”, concluiu Ebrard.