A indústria algodoeira dos Estados Unidos pediu a manutenção da abertura comercial estabelecida no Tratado entre o México, os Estados Unidos e o Canadá (T-MEC).

A Associação Americana de Transportadores de Algodão (ACSA) instou a Representação Comercial da Casa Branca (USTR) a manter o tratamento livre de tarifas para produtos têxteis e de confecção que cumpram os requisitos do T-MEC. 

Indústria algodoeira

Do ponto de vista da ACSA, o acesso livre de tarifas é essencial para manter a competitividade do algodão americano em relação às alternativas asiáticas de menor custo. 

“Qualquer enfraquecimento ou eliminação dessas disposições poderia colocar em risco a transferência da produção e dos empregos para fora da América do Norte”, afirmou. 

O livre comércio sem tarifas mantém o algodão dos Estados Unidos como o principal insumo para as indústrias têxtil e de fiação no México. A indústria mexicana de fiação depende em grande parte do algodão importado. Além disso, as fábricas do país se destacam por serem parceiros confiáveis, com poucos casos de descumprimento contratual.

Entre agosto de 2024 e julho de 2025, todo o algodão importado pelo México veio dos Estados Unidos, com um total superior a 454.500 fardos de algodão bruto.

Esse intercâmbio comercial beneficia agricultores, descaroçadores, transportadores e comerciantes rurais nos Estados Unidos, refletindo os amplos efeitos econômicos do forte vínculo entre os dois países no setor algodoeiro.

Integração comercial

Manter um comércio fluido e confiável nas exportações de algodão bruto dos Estados Unidos para o México é fundamental para sustentar a cadeia de valor integrada de têxteis e confecções na América do Norte. A sólida participação dos Estados Unidos no mercado mexicano se baseia na qualidade do produto, na consistência do fornecimento e na eficiência logística na fronteira.

De acordo com a ACSA, as ações do governo de Donald Trump para reforçar a segurança nas fronteiras e a responsabilidade em matéria de imigração também podem fortalecer a integridade dos fluxos comerciais legítimos, especialmente em produtos agrícolas de alto valor, como o algodão. A associação considera essencial abordar ambas as questões de forma conjunta.

As empresas afiliadas à ACSA movimentam mais de 70% do algodão americano vendido nos mercados interno e externo, bem como mais de 60% do algodão estrangeiro comercializado mundialmente.