Entre 2020 e 2024, as exportações de serviços digitais entre os Estados Unidos, o México e o Canadá cresceram a uma taxa média anual de 12%.
Com isso, essas vendas intrarregionais superaram o crescimento do comércio de bens em uma proporção de quase três para um.
Essas informações se baseiam em dados da Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos, da Statistics Canada e da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Exportações de serviços digitais
De acordo com a Associação Mexicana da Indústria de Tecnologias da Informação (AMITI), as exportações transfronteiriças de serviços de TIC na América do Norte já ultrapassam US$ 160 bilhões por ano. Esse número reflete uma tendência clara: o comércio digital impulsiona a competitividade regional e gera novo valor econômico.
Hoje, a economia digital se consolida como um motor essencial para as três nações. De acordo com a OCDE, os serviços digitais contribuem com mais de 11% do PIB nas economias avançadas e cresceram ao dobro do ritmo do PIB geral durante a última década.
Na América do Norte, o comércio digital transfronteiriço já atinge mais de US$ 1,5 trilhão por ano. Esse fluxo inclui software, serviços em nuvem, conteúdo digital e consultorias especializadas, setores que reforçam a integração e a produtividade regional.
Plataformas digitais
De uma perspectiva econômica, a AMITI sustenta que o Capítulo 19 do T-MEC impulsionou a criação de empregos, a inovação e a participação das PMEs. Em sua opinião, esse marco permite que as pequenas empresas aproveitem as plataformas digitais, acessem novos mercados e se integrem às cadeias de valor regionais, gerando assim um crescimento mais inclusivo.
De acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a OCDE, as PMEs que adotam ferramentas digitais têm até 2,5 vezes mais chances de exportar. Além disso, elas podem aumentar sua produtividade entre 20% e 30% graças ao uso de serviços digitais.
O Capítulo 19 também fortaleceu a cooperação trilateral em áreas emergentes como segurança cibernética, proteção de dados e inteligência artificial. Esse esforço conjunto permitiu alinhar padrões e práticas em toda a América do Norte.
Da mesma forma, as alianças entre agências dos Estados Unidos, México e Canadá, juntamente com organismos do setor privado como AMITI e ITI, criaram uma base comum para a inovação responsável e a confiança no ambiente digital.
Em sua essência, o Capítulo 19 protege o livre fluxo transfronteiriço de informações, proíbe requisitos de localização de dados e garante a não discriminação de produtos e serviços digitais.