A diversificação das exportações do Canadá atingiu um recorde histórico em maio de 2025, sob pressão das tarifas impostas pelos Estados Unidos.
Em 2025, o presidente dos EUA, Donald Trump, impôs tarifas sobre produtos canadenses usando a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional e a Seção 232. No entanto, muitas importações sob o T-MEC foram isentas. Em 2024, 38% das importações do Canadá entraram no âmbito desse tratado.
A partir de março de 2025, foram aplicadas tarifas de 25% para a maioria dos produtos canadenses e 10% para energia e potássio. Em agosto, foi anunciado um aumento para 35%, em vigor a partir de 1º de agosto de 2025. Tarifas de 25% também foram impostas sobre aço, alumínio e automóveis, com exceções para produtos em conformidade com o T-MEC.
Diversificação das exportações do Canadá
Sob pressão das novas tarifas dos EUA, as exportações canadenses para os EUA caíram 0,9% em maio. Elas atingiram C$41,5 bilhões, de acordo com o Statistics Canada. Essa foi a quarta queda mensal consecutiva.
A participação dos Estados Unidos como destino das exportações do Canadá também caiu. Ela passou de uma média mensal de 75,9% em 2024 para 68,3% em maio. Esse é um dos níveis mais baixos já registrados.
Paralelamente, as importações canadenses dos Estados Unidos diminuíram 1,2%. Essa foi a terceira queda consecutiva. Mesmo assim, o superávit comercial do Canadá com os EUA aumentou ligeiramente. Ele passou de 3,1 bilhões em abril para 3,2 bilhões em maio.
Esta é a participação percentual dos Estados Unidos como destino das exportações totais de mercadorias do Canadá:
- 2018: 74,9.
- 2019: 75,3
- 2020: 73,3.
- 2021: 75,4.
- 2022: 76,9.
- 2023: 77,6.
- 2024: 76,4.
Terceiros mercados
Por outro lado, as exportações canadenses para outros países cresceram 5,7% em maio. Elas atingiram o maior nível de todos os tempos. As remessas para o Reino Unido (ouro), Cingapura (petróleo bruto) e Itália (alumínio e produtos farmacêuticos) aumentaram. No entanto, as exportações para a China caíram, especialmente para canola e óleo.
Ao mesmo tempo, as importações de outros países que não os Estados Unidos caíram 2,0%. Isso elevou o comércio total com esses países para 47,6 bilhões. Esse foi o terceiro recorde mensal consecutivo. Além disso, o déficit comercial com esses parceiros diminuiu de 10,7 bilhões em abril para 9,1 bilhões em maio.