O Ministério da Fazenda e do Crédito Público (SHCP) está confiante na recuperação dos investimentos em parques industriais no México quando a incerteza relacionada à política tarifária dos EUA se dissipar.
“Espera-se que a redução da incerteza comercial sobre a relação trilateral entre o México, os Estados Unidos e o Canadá gere um impulso adicional ao investimento privado, particularmente em parques industriais e armazéns e em setores altamente integrados na região, como a indústria automotiva”, afirmou o Ministério nos Pre-critérios Gerais de Política Econômica 2026.
Investimentos em parques industriais
Os EUA planejam impor tarifas recíprocas de 30% para o México e 35% para o Canadá de acordo com a IEEPA.
Entretanto, ainda não está claro se essas tarifas substituirão as tarifas “emergenciais” (fentanil e migração) ou se ambas as medidas funcionarão ao mesmo tempo. Espera-se que apenas uma das duas permaneça em vigor.
Também permanecem dúvidas sobre o tratamento dos produtos que estão em conformidade com as regras do T-MEC. Embora não haja confirmação oficial, espera-se que eles continuem isentos.
Por enquanto, os dois países continuam livres de tarifas recíprocas. No entanto, as tarifas emergenciais sobre o fentanil continuam em vigor. Elas se aplicam a mercadorias que não atendem aos requisitos de origem do T-MEC.
Os pré-critérios projetam um crescimento sustentado em setores com alto potencial de desenvolvimento, como a fabricação de equipamentos aeroespaciais, dispositivos médicos, microprocessadores e componentes eletrônicos.
Em 2024, apesar da incerteza comercial observada no final do ano, o Investimento Estrangeiro Direto (IED) em equipamentos de transporte atingiu um recorde histórico de US$ 9,9 bilhões, refletindo o potencial do setor.
Da mesma forma, os setores aeroespacial e de semicondutores mostraram maior expansão, impulsionados por incentivos à fabricação avançada e à adoção de novas tecnologias.
Obras de infraestrutura
O Ministério da Fazenda planeja impulsionar os setores de transporte e hospedagem. O motivo: a consolidação de projetos estratégicos, como a AIFA, o Tren Maya, o aeroporto de Tulum e o Corredor Interoceânico.
Esses desenvolvimentos prometem melhorar a conectividade e impulsionar a economia regional. Além disso, prevê-se um efeito positivo adicional no setor hoteleiro e de entretenimento.
A Copa do Mundo de Futebol de 2026 será fundamental. Os preparativos incluem melhorias na infraestrutura rodoviária e de transporte. Também está prevista uma expansão da oferta hoteleira nas cidades-sede.