A integração das cadeias comerciais na Colômbia continua sendo uma questão pendente, de acordo com um relatório da Organização Mundial do Comércio (OMC) divulgado na quarta-feira.
“De acordo com os últimos dados disponíveis para 2022, a Colômbia ainda não apresenta um alto grau de integração nas cadeias comerciais”, disse a OMC.
Em 2024, as exportações de bens e serviços da Colômbia cresceram a uma taxa anual de 0,3%, chegando a US$ 68,866 bilhões.
Cadeias comerciais na Colômbia
Embora haja uma tendência ao regionalismo econômico, a integração das cadeias de valor com outros países é de relevância contínua.
Um relatório recente do Institute for Management Development (IMD), sediado na Suíça, destaca que as economias que adotam estratégias deliberadas para se posicionarem como pontos focais entre blocos comerciais demonstraram notável resiliência nos dados de competitividade.
Essas nações desenvolveram capacidades especializadas para navegar em ambientes regulatórios complexos, procedimentos alfandegários e requisitos de conformidade que agora caracterizam o comércio internacional. Suas empresas se tornaram hábeis em gerenciar a fragmentação como uma vantagem competitiva, em vez de simplesmente como um centro de custos.
Compartilhamento de produção
Apesar dos esforços do governo colombiano para diversificar suas exportações, a concentração continua alta. Isso está de acordo com o último relatório da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Entre 2018 e 2024, os produtos de mineração e energia dominaram a cesta de exportação. Pedras preciosas, minerais, carvão, petróleo e seus derivados foram responsáveis por mais de 60% do total das exportações. Essa tendência persiste, apesar das políticas públicas destinadas a ampliar a base de exportação.
Os produtos agrícolas ficaram em segundo lugar. Café, bananas e flores lideraram as vendas agrícolas no exterior. Em 2023, esses produtos responderam por 64,7% do total das exportações agrícolas.
Do lado das importações, a perspectiva também não é boa. Quase 50% das compras externas correspondem a bens intermediários e insumos industriais. Essas compras não se limitam ao setor extrativista, mas refletem uma forte dependência de insumos importados para sustentar a produção nacional.
Além disso, os parceiros comerciais da Colômbia apresentam uma forte concentração. Os Estados Unidos, a China e a União Europeia lideram a lista de destinos e origens do comércio exterior da Colômbia.
A OMC constatou que a Colômbia não alterou significativamente sua política econômica e comercial nos últimos sete anos, apesar dos planos de transformar a estrutura de produção e reduzir a dependência da economia extrativista.
Embora o país tenha modernizado seu sistema de qualidade e facilitado o registro de propriedade intelectual, ele ainda precisa aumentar o investimento em capital físico e humano para impulsionar a produtividade e participar das cadeias globais de valor.