A indústria mundial de energia nuclear mantém um crescimento sólido, de acordo com a empresa Uranium Energy.
A indústria nuclear está passando por uma transformação geracional. Cada vez mais governos, empresas de serviços públicos e empresas privadas apostam em novas tecnologias. Com esses investimentos, buscam ampliar a geração limpa, reduzir as emissões e fortalecer a resiliência energética global.
A indústria mundial de energia nuclear
A energia nuclear é produzida quando os núcleos dos átomos se dividem, liberando um enorme calor. Em seguida, esse calor gera vapor, que aciona turbinas para produzir eletricidade. É um processo poderoso, eficiente e quase livre de emissões, capaz de transformar pequenos átomos em energia colossal.
Em termos de demanda, a indústria mundial de energia nuclear mantém um crescimento sólido, com 68 novos reatores conectados à rede entre 2015 e março de 2025, e outros 62 reatores em construção.
Em 2024, seis novos reatores foram conectados à rede e quatro foram fechados definitivamente, de acordo com informações do Sistema de Informação sobre Reatores de Potência da Associação Internacional de Energia Atômica, divulgadas em agosto de 2025.
A Associação Nuclear Mundial informa que, em 11 de julho de 2025, 439 reatores nucleares estavam em operação no mundo, com uma capacidade total de 398 GW.
O Japão, por sua vez, promove essa fonte de energia para reduzir sua dependência de combustíveis importados. Além disso, busca garantir um fornecimento elétrico estável e sustentável. Após revisar sua política energética, o país promove o reinício seguro de seus reatores. Com isso, avança em direção a uma geração mais limpa, eficiente e com menos emissões.
Perspectiva
As principais produtoras de energia nuclear do mundo são a EDF (França), a Rosatom (Rússia), a China National Nuclear Corporation (China), a Westinghouse Electric Company (Estados Unidos) e a Kansai Electric Power (Japão). Essas empresas ditam o ritmo global na geração, desenvolvimento tecnológico e operação de reatores.
Em novembro de 2024, durante a COP29, mais seis países aderiram ao compromisso de triplicar a capacidade nuclear até 2050, elevando para 31 o número de nações aderentes. Este passo impulsiona o crescimento da indústria e fortalece a demanda mundial por urânio.
A Uranium Energy destaca que mais de 150 empresas do setor nuclear, juntamente com 14 dos maiores bancos internacionais — como Citibank, Morgan Stanley e Goldman Sachs — e 15 grandes consumidores de energia, entre eles Microsoft, Amazon e Google, apoiam esse objetivo por meio de seus investimentos e operações.
De acordo com o resumo do mercado de urânio da UxC para o segundo trimestre de 2025, a demanda acumulada não comprometida até 2035 ultrapassa 926 milhões de libras de U₃O₈. Isso reflete um crescimento sustentado no interesse pelo urânio em nível global.
A demanda por serviços públicos, juntamente com o interesse de bancos e programas governamentais, impulsiona o mercado de urânio. Ao mesmo tempo, o crescimento da inteligência artificial e dos centros de dados aumenta a necessidade de eletricidade, reforçando o papel estratégico da energia nuclear.