A indústria do tomate nos Estados Unidos gera rendimentos anuais de cerca de 6 bilhões de dólares.

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a indústria do tomate produz cerca de 16 milhões de toneladas por ano. A Califórnia domina o processamento. Enquanto isso, a Flórida e a Califórnia contribuem com dois terços do tomate fresco. Além disso, quase 70% do consumo depende das importações mexicanas.

A indústria do tomate nos Estados Unidos

Durante a 50ª Convenção Nacional do Conselho Nacional da Indústria Maquiladora e Manufactureira de Exportação (Index), realizada na Cidade do México, Esteban Moctezuma Barragán, embaixador do México nos Estados Unidos, destacou essa indústria como um exemplo do valor das relações bilaterais.

“Neste momento, acredito que é muito importante conscientizar as pessoas de que é muito importante participar e divulgar todos os benefícios dessa relação econômica, que tornou a América do Norte, até o momento, a região mais competitiva do mundo”, disse o diplomata.

O USDA estima que a produção de tomate no México atingirá 3,1 milhões de toneladas métricas em 2025. O número representa uma queda de 3% em relação a 2024. A redução se deve, principalmente, à escassez de água e às variações de temperatura que afetam as regiões do norte, especialmente Sinaloa, principal estado produtor do país.

O discurso

Moctezuma Barragán afirmou que a narrativa da importância do México para os Estados Unidos é algo fundamental. 

“Temos que continuar a tarefa de dar a conhecer aos Estados Unidos o que o México significa na sua vida cotidiana, não nos agregados macro, não nas questões que são tratadas por quem está interessado ou por estudiosos, mas nas pessoas”, disse ele. 

Por quê? “Vou dar o exemplo do tomate. Todos vocês sabem que, por motivos alegados de dumping, há uma tarifa de 17% sobre o tomate. Isso obviamente afetará o preço do tomate nos Estados Unidos. Estamos falando aqui de que o México exporta cerca de 3 bilhões de dólares em tomates. Mas os Estados Unidos transformam isso em uma indústria que tem rendimentos superiores a 6 bilhões”, acrescentou. 

Moctezuma Barragán concluiu que isso não afeta apenas o produtor mexicano, mas também o produtor americano e o consumidor. Agora que o inverno está chegando e não é mais possível importar tomates dos Estados Unidos ou do Canadá, os únicos tomates que poderão entrar no país serão os mexicanos. “É aí que se vê a importância dessa cooperação para a vida cotidiana de cada família”, disse ele.