A indústria automotiva norte-americana enfrenta vários desafios, entre eles a maior competitividade da China, afirmou a Associação Mexicana da Indústria Automotiva (AMIA).
Essa avaliação foi apresentada como parte do conteúdo de uma carta enviada pela AMIA à Representação Comercial da Casa Branca (USTR) no contexto das consultas para a revisão do T-MEC.
Indústria automotiva norte-americana
A AMIA reúne os OEMs instalados no México. Além disso, contribui com 4,5% do PIB, 32% das exportações e mais de 3,5 milhões de empregos. É um pilar econômico. E, por isso, qualquer mudança em seu ambiente impacta o país.
No entanto, a associação alerta para riscos crescentes. A imprevisibilidade comercial e as tarifas geram pressão. Elas também quebram cadeias de abastecimento e encarecem as operações. A isso se soma a incerteza econômica, que limita a demanda e freia as decisões de investimento.
Assim, a indústria automotiva norte-americana avança, mas com cautela. Cada desafio influencia sua competitividade. E cada ajuste redefine a capacidade do setor de sustentar o crescimento em um mercado global cada vez mais exigente.
“As pressões sobre a demanda são ainda mais amplificadas pela crescente concorrência global, em particular como resultado da ascensão da China como ator global na produção de veículos leves. Além disso, o aumento dos custos de produção, impulsionado pelo aumento dos preços da mão de obra, pela transição para novas tecnologias, pelas matérias-primas e pela energia, reduz ainda mais as margens do setor”, afirmou.
Esses fatores colocam em risco a competitividade do setor e sua liderança diante das mudanças tecnológicas e de mercado. Por isso, é fundamental recuperar a certeza. Além disso, a AMIA insiste em aplicar a regulamentação vigente do T-MEC e fortalecer a integração regional.
Em sua opinião, esse deve ser o eixo central da próxima revisão. Somente assim a indústria norte-americana poderá aproveitar suas complementaridades históricas e sustentar um crescimento alinhado com as novas exigências globais.
Integração regional
A AMIA destacou que as cadeias de suprimentos são o motor do crescimento automotivo na América do Norte. Elas funcionam como um sistema integrado que movimenta peças e veículos através das fronteiras. Assim, impulsionaram a produção, o emprego e o investimento durante décadas.
Além disso, a proximidade entre fornecedores do México, Estados Unidos e Canadá proporciona velocidade e flexibilidade. Com isso, as montadoras reduzem custos, melhoram as entregas e reagem rapidamente às mudanças do mercado. Esse dinamismo sustenta a competitividade global do setor.