O IED como porcentagem do PIB no México caiu de 3,0% em 2015 para 2,0% em 2024, informou o Ministério da Economia.
O México atraiu US$ 36,872 bilhões de IED em 2024 e, mais recentemente, US$ 21,373 bilhões no primeiro trimestre de 2025. Ambos os valores são recordes, considerando os números preliminares.
A comparação do IED como porcentagem do PIB dá uma indicação de quão significativo é o investimento estrangeiro produtivo em relação ao tamanho total da economia.
IED como porcentagem do PIB
Do total de entradas de IED no México em 2024, US$ 10 bilhões foram para o setor de equipamentos de transporte, o valor mais alto desde que os registros foram mantidos.
No primeiro trimestre de 2025, do total de IED, 16,647 bilhões de dólares corresponderam a reinvestimento de lucros, 3,140 bilhões a contas entre empresas e 1,586 bilhão a novos investimentos.
O Ministério das Finanças e Crédito Público (SHCP) relatou uma desaceleração na economia global no primeiro trimestre de 2025. Isso ocorreu em meio ao aumento das tensões comerciais e geopolíticas.
Embora as pressões inflacionárias tenham diminuído, os bancos centrais mantiveram posturas monetárias cautelosas. O ambiente continuou a ser marcado pela volatilidade financeira e pelo menor apetite pelo risco.
Apesar desse panorama, o México demonstrou resiliência. De acordo com o Ministério das Finanças, o país enfrentou o contexto internacional com sólidos fundamentos macroeconômicos. Isso ajudou a preservar a estabilidade, apesar de uma leve moderação na atividade econômica.
O PIB do México cresceu apenas 0,2% em relação ao trimestre anterior, em números ajustados sazonalmente. Na comparação anual, o aumento foi de 0,8% entre janeiro e março de 2025.
O dinamismo do emprego, a baixa inflação e os níveis recordes de IED foram fundamentais para evitar uma nova desaceleração. Esses fatores ajudaram a compensar os efeitos negativos do ambiente global incerto.
Contexto futuro
Do ponto de vista da Monex, o foco internacional estará nos novos acordos comerciais dos EUA. Isso ocorre em meio a uma pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas.
Depois de chegar a um acordo com o Reino Unido, Washington também reduziu as tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%. A China respondeu com uma queda de 125% para 10%.
A tendência do IED como porcentagem do PIB no México é mostrada abaixo:
- 2014: 2,2 por cento.
- 2015: 3,0 por cento.
- 2016: 2,8 por cento.
- 2017: 2,8 por cento.
- 2018: 2,7 por cento.
- 2019: 2,7 por cento.
- 2020: 2,5 por cento.
- 2021: 2,5 por cento.
- 2022: 2,5 por cento.
- 2023: 2,0 por cento.
- 2024: 2,0 por cento.
Essas decisões melhoraram as expectativas econômicas globais. Entretanto, a perspectiva de uma desaceleração econômica global permanece inalterada.
Além disso, os próximos dados de inflação dos EUA serão decisivos. Eles servirão para avaliar os efeitos das tarifas e as decisões futuras do Federal Reserve para o restante de 2025.