O México continuou sendo o principal importador de material genético avícola brasileiro em 2024, com 9.378 toneladas.

Esse volume representa uma queda de 30,6% em relação ao ano anterior. Ele também representa uma participação de 34,4% do total de exportações desses produtos do Brasil.

Material genético avícola

A OCDE e a FAO estimam que o consumo global de carne de aves chegará a 160 milhões de toneladas até 2033, representando metade do aumento do consumo de carne. 

Esse crescimento foi impulsionado principalmente pela Ásia -especialmente China, Índia, Indonésia e Vietnã– e também deve crescer no Brasil, no México, na União Europeia e nos Estados Unidos. 

As exportações de material genético avícola brasileiro para o México, em toneladas métricas, são as seguintes:

• 2019: 2.017.
• 2020: 601.
• 2021: 4.094.
• 2022: 7.826.
• 2023: 13.514.
• 2024: 9.378.

A carne de aves lidera o aumento do consumo de proteína animal, uma tendência que deve continuar. Até 2033, espera-se que ela seja responsável por 43% do consumo total de proteína de carne. Seu baixo preço, perfil nutricional favorável e menor impacto ambiental a tornam mais atraente para os consumidores preocupados com a sustentabilidade.

O Brasil exporta material genético de aves como pintinhos de um dia e ovos para incubação. Os pintinhos são criados em condições controladas e depois engordados. Os ovos para incubação são incubados por 21-23 dias até a eclosão. Em 2023, todas as exportações do Brasil para o México foram exclusivamente de ovos para incubação.

Consumo global

A inflação dos alimentos e a desaceleração econômica global levaram muitas pessoas a buscar proteínas mais baratas, como os ovos, que são conhecidos por seu baixo custo e alto valor nutricional, de acordo com a FAO. Isso impulsionou a demanda global, favorecendo tanto o consumo doméstico quanto as exportações.

No Brasil, o setor avícola está crescendo de forma constante. Em 2024, o país produziu cerca de 57,7 bilhões de ovos, de acordo com a ABPA. 

Em 2024, o Brasil exportou 18.469 toneladas de ovos por US$ 39,3 milhões, e 26.156 toneladas de ovos férteis de galinha por US$ 126 milhões, de acordo com dados do MDIC e da ABPA. Além disso, o país fortaleceu seus padrões sanitários seguindo as normas da OMSA, o que facilitou o acesso a novos mercados.