Muitas partes interessadas expressaram seu apoio ao T-MEC, referiu Jamieson Greer, chefe da Representação Comercial dos Estados Unidos (USTR).
O T-MEC contém uma disposição que prevê um processo de revisão conjunta pelo qual as três partes confirmam a continuidade do acordo. Esta é a primeira vez que uma disposição desse tipo é incluída em um acordo comercial dos Estados Unidos.
Apoio ao T-MEC
Em seu depoimento perante o Comitê de Meios e Arbitragens da Câmara dos Representantes e o Comitê de Finanças do Senado em 16 e 17 de dezembro, respectivamente, sobre o funcionamento do T-MEC antes da revisão conjunta de 1º de julho de 2026, Greer fez um balanço a esse respeito.
“Em seus comentários, muitas partes interessadas expressaram seu apoio ao T-MEC e muitas pediram explicitamente que o acordo fosse prorrogado. No entanto, ao mesmo tempo, praticamente todas as partes interessadas também pediram algum tipo de melhoria no tratado”, disse ele.
Greer informou que alguns comentaristas indicaram que apoiavam a prorrogação apenas se certas melhorias fossem feitas. Por exemplo, um grupo de partes interessadas declarou que o T-MEC não deveria ser renovado sem abordar as preocupações relacionadas às políticas leiteiras do Canadá. Outro grupo de partes interessadas expressou sua oposição à prorrogação do T-MEC sem modificar as disposições trabalhistas do Tratado.
Com relação ao comércio agrícola, Greer resumiu que havia preocupações relacionadas ao acesso ao mercado de laticínios no Canadá e às exportações canadenses de certos laticínios.
Ao mesmo tempo, houve opiniões divergentes sobre se a revisão deveria ser usada para implementar restrições às importações americanas de produtos agrícolas sazonais do México, e opiniões divergentes sobre se os Estados Unidos deveriam restabelecer a rotulagem obrigatória do país de origem para a carne bovina.
Também foi manifestado o desejo de manter um ambiente livre de tarifas sob o T-MEC e disposições sólidas que ajudem a garantir que as medidas sanitárias e fitossanitárias sejam baseadas na ciência.
Regras de origem
“Como era de se esperar, as regras de origem foram uma prioridade para muitos atores industriais, especialmente a ideia de que as regras devem mudar para garantir que os Estados Unidos e nossos parceiros do T-MEC se beneficiem principalmente do tratamento tarifário preferencial do Tratado”, acrescentou Greer.
Enquanto a Indústria de Aços Especiais da América do Norte sugeriu fortalecer as regras de origem para produtos derivados que contêm metais especiais, a Aliança BlueGreen escreveu que as regras de origem automotiva deveriam ser fortalecidas, inclusive para incentivar o uso de minerais críticos de origem norte-americana.
Outras partes interessadas apresentaram diferentes pontos de vista sobre a modificação das regras de origem do T-MEC, como a Associação Nacional de Fabricantes, que opinou que as regras funcionam bem na maioria dos casos.