A Tesla recomendou maior transparência do México no T-MEC e melhoria da coerência na verificação e conformidade entre o México, os Estados Unidos e o Canadá na implementação deste tratado comercial.

Especificamente, a empresa considerou que é necessária maior transparência por parte do México no que diz respeito à conformidade e às auditorias, para que as relações comerciais sólidas e saudáveis continuem no âmbito do T-MEC. 

O México no T-MEC

A Tesla recomendou esses pontos em uma carta enviada à Representação Comercial dos Estados Unidos (USTR) como parte da revisão conjunta do T-MEC, programada para, no máximo, 1º de julho de 2026.

“Instamos a USTR a garantir que o México utilize os mesmos padrões de revisão que o Canadá e os Estados Unidos”, acrescentou na carta. “É fundamental que as três nações cumpram integralmente os requisitos do T-MEC para garantir que o acordo esteja produzindo os resultados previstos”.

A Tesla propôs avançar em duas frentes principais. Primeiro, solicitou a adoção de padrões comuns de carga para veículos elétricos. Assim, busca fortalecer o mercado automotivo integrado da América do Norte e facilitar as viagens transfronteiriças. 

Além disso, recomendou que as partes adotassem a Norma Norte-Americana de Carga, também conhecida como J3400 da Sociedade de Engenheiros Automotivos, como referência única para o comércio de veículos leves. Portanto, sugeriu limitar ou mesmo interromper o desenvolvimento de outras normas.

Em seguida, levantou um segundo ponto. A Tesla apoiou os acordos destinados a reconhecer e alinhar as Normas Federais de Segurança para Veículos Motorizados dos Estados Unidos. Além disso, solicitou ao USTR que reafirmasse que o México continuará cumprindo a medida NOM-194-SCFI-2015. Em conjunto, a harmonização das normas fortalece o setor automotivo norte-americano. 

Perfil

Por outro lado, a Tesla relembrou sua trajetória. A empresa nasceu em 2003 como uma startup focada em veículos elétricos. Com o tempo, cresceu até consolidar sua sede no Texas e desenvolver grandes megafábricas na Califórnia, Nevada, Nova York e Texas. Hoje, emprega mais de 70.000 pessoas. Além disso, seu ecossistema de fabricação abrange modelos de transporte elétrico, sistemas de armazenamento e geração de energia, robôs humanóides, ferramentas e matrizes, bem como a refinação de minerais críticos e o desenvolvimento do software que sustenta cada processo.