A União Nacional dos Avicultores (UNA) fez quatro recomendações ao Representante Comercial da Casa Branca (USTR) sobre a indústria avícola no âmbito da revisão conjunta do Tratado entre o México, os Estados Unidos e o Canadá (T-MEC).
Suas propostas têm como objetivo maximizar as sinergias entre os setores agrícola, avícola e de ovos de ambos os países, aproveitar o crescimento global da indústria, beneficiar os consumidores americanos e mexicanos e fortalecer a segurança alimentar regional.
Indústria avícola no T-MEC
Por meio de uma carta enviada ao USTR, a UNA solicitou ao USTR o seguinte:
- Garantir a regionalização com base no risco.
- Estabelecer um roteiro claro e com prazos definidos para a equivalência com o FSIS (equivalência de sistemas de inspeção).
- Institucionalizar os compromissos de prazos para as determinações e procedimentos do APHIS (Serviço de Inspeção Sanitária Animal e Vegetal)/FSIS.
- Colaborar com os parceiros do T-MEC para manter o acesso, com base na ciência, aos insumos para rações americanas (por exemplo, milho e soja transgênicos) fundamentais para a acessibilidade de aves e ovos em toda a América do Norte.
Saúde animal
Na perspectiva da UNA, essas medidas ampliariam o comércio bilateral, reduziriam a dependência dos Estados Unidos e do México de fornecedores extra-regionais e manteriam a acessibilidade das aves e dos ovos, beneficiando os consumidores e agricultores americanos e mexicanos e reforçando a integridade do T-MEC.
Comércio unidirecional
Apesar da ausência de tarifas, o comércio tem sido unidirecional. O período 2019-2024 mostra exportações sólidas dos Estados Unidos para o México e exportações mexicanas limitadas para os Estados Unidos.
As importações mexicanas de frango de corte aumentaram de 567.864 toneladas (2019) para 694.096 (2024). Os Estados Unidos continuam sendo o principal fornecedor do México, com o Brasil e o Chile como fornecedores importantes.
Enquanto isso, as exportações mexicanas para os Estados Unidos foram mínimas (por exemplo, aproximadamente 5,7 toneladas em 2024, principalmente produtos processados/cozidos).
A UNA argumentou que essa assimetria não se deve a tarifas ou cotas, mas às dificuldades na implementação de medidas sanitárias e fitossanitárias (SPS), que impedem a entrada de carne de aves crua mexicana no mercado americano.