A Associação Mexicana da Indústria Automotiva (AMIA) solicitou o estabelecimento de um protocolo de emergência para facilitar o comércio no Tratado entre o México, os Estados Unidos e o Canadá (T-MEC).
“Sugerimos enfaticamente o desenvolvimento de um protocolo de emergência para facilitar o comércio durante contingências como desastres sanitários, naturais ou de segurança, como a pandemia de 2020, para evitar a interrupção das cadeias de abastecimento da América do Norte”, disse a AMIA.
Protocolo de emergência
Esta proposta foi apresentada por meio de uma carta enviada por Rogelio Garza, presidente executivo da AMIA, ao representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, no âmbito das consultas para a revisão do T-MEC, programada para 1º de julho de 2026.
Garza destacou que, como parte do processo de revisão, as Partes considerem medidas adicionais de facilitação do comércio que aumentem a eficiência no movimento de mercadorias.
“Embora o Capítulo 7 do T-MEC (Administração Aduaneira e Facilitação do Comércio) inclua uma série de ações para melhorar os procedimentos e passagens alfandegárias na região, ainda persistem atrasos e complexidades na administração aduaneira dos três países que dificultam uma cadeia de abastecimento eficiente na indústria automotiva, especialmente porque os componentes dos veículos cruzam as fronteiras várias vezes”, disse ele.
Logística e integração regional
Em sua opinião, a revisão deve se concentrar no aumento da infraestrutura e dos recursos humanos necessários, bem como na priorização de medidas que acelerem o uso de tecnologia interoperável para agilizar as passagens de fronteira, melhorar a eficiência logística e, consequentemente, cumprir os prazos apertados de produção em todo o ecossistema automotivo regional.
A indústria automotiva mexicana tem se integrado cada vez mais às indústrias automotivas dos Estados Unidos e do Canadá, aprofundando suas cadeias de suprimentos, o que fortaleceu as complementaridades e aumentou a competitividade da indústria norte-americana em relação a outras regiões do mundo.
“Acreditamos que o futuro da indústria automotiva na América do Norte deve continuar sendo uma atividade integrada, composta por operações complementares nos Estados Unidos, Canadá e México, e reafirmamos nosso interesse em fortalecer as bases para essa integração”, disse Garza.
A AMIA é a organização que representa os fabricantes de equipamentos originais (OEM) com sede no México. Seus membros representam aproximadamente 4,5% do PIB do México, 32% das exportações totais do país e mais de 3,5 milhões de empregos diretos e indiretos no país.