O Conselho Nacional do Trabalho (Conlabor) propôs incluir indicadores vinculativos de paridade laboral no Tratado entre o México, os Estados Unidos e o Canadá (T-MEC).
O Conlabor representa vários sindicatos no México, surgiu com a reforma trabalhista mexicana de 2019 e faz parte da Confederação Sindical Internacional (CSI).
Indicadores vinculativos de paridade laboral
Esta sugestão faz parte de uma série de propostas derivadas das discussões durante as sessões plenárias nacionais do Conlabor para o período 2024-2025, com o objetivo de contribuir com argumentos para a revisão do T-MEC a partir de uma perspectiva social e laboral mexicana.
Este grupo autodefine seu compromisso da seguinte forma: integrar ainda mais a América do Norte como uma região que combina competitividade com justiça, crescimento econômico com direitos humanos e eficácia com trabalho decente.
O Conselho Nacional do Trabalho da Conlabor sugeriu:
- Incluir indicadores vinculativos de paridade laboral no T-MEC.
- Criar um Observatório Trilateral e Tripartite sobre Igualdade Laboral e Não Discriminação, com participação sindical e patronal.
- Garantir a paridade de gênero nos comitês laborais trilaterais do T-MEC.
- Criar uma obrigação para incorporar cláusulas nos contratos coletivos de trabalho que abordem a igualdade salarial, a prevenção do assédio e as responsabilidades familiares compartilhadas.
Mobilidade laboral
Até 2030, o México terá a maior concentração de jovens da região. A partir de sua visão, isso representa uma oportunidade para uma mobilidade laboral ordenada, legal e baseada em direitos, particularmente em setores econômicos com alta demanda nos Estados Unidos e no Canadá, como saúde e agricultura. Três dados relacionados: Primeiro: os Estados Unidos têm um déficit de 1,2 milhão de profissionais de saúde. Segundo: a cada ano, há 2,4 milhões de vagas nesse país, mas não há trabalhadores suficientes para preenchê-las. E terceiro: 75% dos trabalhadores agrícolas nos Estados Unidos são do México e de Los Angeles.
Outras propostas da Conlabor:
- Homologar políticas trabalhistas, educacionais e de saúde fundamentais nos três países, inspiradas no modelo europeu.
- Criar mais tipos de vistos de trabalho e programas regulamentados de migração temporária, especialmente para os setores econômicos da agricultura, serviços e saúde.
- Criar um grupo de trabalho trilateral e tripartite sobre desenvolvimento da força de trabalho para promover o desenvolvimento de trabalhadores qualificados.