A produção mundial de cereais registrará um crescimento anual de 2% em 2025, projetou a Organização Mundial para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Em 2025, a FAO prevê que a produção mundial de cereais atingirá um recorde histórico. A projeção é de 2,911 milhões de toneladas, mais de 2% acima da produção de 2024. Além disso, todos os principais cereais apresentarão crescimento. O milho liderará o aumento percentual, enquanto o trigo terá o menor avanço.
Por outro lado, a produção de milho, arroz e sorgo atingirá novos máximos, marcando uma etapa de expansão sustentada para o setor agrícola mundial.
Produção mundial de cereais
Um terço dos cereais do mundo é destinado ao gado, embora 86% da matéria seca do alimento não seja comestível para os seres humanos, lembrou Anne Mottet, chefe técnica de Pecuária do FIDA, em dezembro de 2023.
De acordo com a FAO, o uso global de cereais crescerá 0,8% em 2025/2026, até 2,898 milhões de toneladas. Além disso, o consumo como alimento aumentará 0,9%, enquanto o uso como ração aumentará 0,5%. Os principais cereais manterão essa tendência.
Da mesma forma, outros usos crescerão 1%, impulsionados pelo trigo e pelo arroz. Como resultado, a produção excederá a demanda e os estoques mundiais aumentarão 1%, atingindo 873,6 milhões de toneladas.
Arroz
A produção mundial de cereais em 2024 atingiu 2,853 milhões de toneladas, apenas 0,1% menos do que em 2023. A queda foi explicada pela menor produção de cereais secundários, especialmente milho, que compensou o crescimento do trigo e do arroz.
Para 2025/2026, prevê-se uma recuperação parcial dessa contração. O aumento esperado será sustentado principalmente pelos estoques de cereais secundários, enquanto o arroz registrará uma recuperação menor e o trigo apresentará uma queda em suas reservas. A relação estoques/utilização global permaneceria próxima a 29,8%, semelhante a 2024/2025.
Após uma contração de quase 7% em 2024/2025, o comércio mundial de cereais se recuperará parcialmente, com um crescimento estimado de 1,9%, atingindo 487,1 milhões de toneladas. A recuperação será impulsionada por um aumento de 3,8% no comércio de trigo, um ligeiro crescimento de 0,9% nos cereais secundários e uma queda de 0,7% no comércio internacional de arroz.