14 de Outubro de 2025

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Investigação da China sobre tarifas do México: a pressa chinesa

25 septiembre, 2025
Portugués
China's investigation into Mexican tariffs: China's rush
Photo: Pixabay.

A investigação da China sobre as tarifas do México, iniciada nesta quinta-feira, evidencia a pressa da China em contrariar a medida que ainda não entrou em vigor.

O Ministério do Comércio chinês publicou nesta quinta-feira o processo pelo qual iniciará uma investigação sobre novas tarifas que o México planeja impor a 1.463 classificações de produtos (frações tarifárias) originários de países com os quais não tem acordos comerciais e que fazem parte da OMC.

Investigação da China sobre tarifas do México

O Ministério do Comércio da China anunciou nesta quinta-feira o início de uma investigação formal. O foco está em possíveis barreiras ao comércio e ao investimento relacionadas a medidas restritivas impostas pelo México.

As autoridades chinesas convidaram as partes interessadas a apresentar comentários. Elas terão 20 dias, a partir da data do anúncio, para enviar suas observações por escrito ao Escritório de Investigação de Medidas Comerciais do Ministério.

De acordo com as normas vigentes, a investigação incluirá várias etapas. Questionários, audiências, inspeções no local e outros métodos poderão ser utilizados para coletar informações.

Setores produtivos

Em 9 de setembro de 2025, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, apresentou à Câmara dos Deputados uma iniciativa de reforma da Lei Geral de Impostos sobre Importação e Exportação (LIGIE). A proposta foi entregue em paralelo ao Pacote Econômico 2026.

A reforma propõe aumentar as tarifas de importação para 1.463 frações tarifárias. Entre os setores afetados destacam-se o automotivo, têxtil, calçadista, siderúrgico, químico, moveleiro, plástico, brinquedos e outros bens de consumo.

Essas medidas refletem uma mudança na política comercial e industrial do país. Elas fazem parte do Plano México 2025-2030, que prioriza a substituição de importações como estratégia-chave.

Nesta terça-feira, o secretário da Economia, Marcelo Ebrard, justificou o aumento das tarifas. Segundo o funcionário, o objetivo é reverter o crescimento do déficit comercial com a Ásia, que disparou 83% entre 2020 e 2024.

“Qual é o principal raciocínio por trás das tarifas? O crescimento do déficit que temos em relação à Ásia. De 2020 a 2024, ele cresceu 83%. Se não tomarmos medidas, não haverá como financiar isso. Imagine: em quatro anos, 80%, quase o dobro”, disse Ebrard.

O secretário também destacou que o México está importando produtos abaixo do preço de referência, o que afeta a competitividade da indústria nacional.

 

Imagen cortesía de Redacción Opportimes | Opportimes