A falta de uma Norma Oficial Mexicana (NOM) tem impedido a exportação dos artesanatos Lacas de Olinalá. O governo do México reconheceu essa limitação e está preparando a publicação da norma correspondente.
O objetivo: a NOM estabelecerá as especificações e os processos que essas peças, elaboradas com a técnica tradicional de Olinalá, Guerrero, devem cumprir. Incluirá matérias-primas, métodos de produção e fatores culturais exclusivos da região. Tudo em conformidade com a Denominação de Origem vigente.
Exportação de artesanatos
De acordo com o governo, a emissão desta NOM é necessária para garantir o reconhecimento e a proteção das lacas de Olinalá como Denominação de Origem. Também servirá para garantir sua preservação, promover sua autenticidade e proteger sua qualidade nos mercados.
A Denominação de Origem de Olinalá foi concedida em 1994. Mais tarde, em 2022, o Diário Oficial da Federação publicou a Declaração de proteção desta tradição artesanal. No entanto, sem uma NOM específica, a certificação de qualidade e a exportação ficaram limitadas.
Artesãos em risco
Atualmente, mais de 380 artesãos enfrentam um panorama adverso. A ausência de uma NOM permitiu a entrada de imitações nacionais e asiáticas de baixa qualidade. Essas cópias, embora visualmente semelhantes, não respeitam as técnicas originais nem atingem os padrões que distinguem as peças autênticas.
A concorrência desleal reduziu o valor do artesanato e ameaça a preservação de uma técnica que remonta a mais de 2.500 anos.
Impacto da nova norma
A implementação de uma NOM específica representaria um ponto de inflexão. Com essa regulamentação, os artesãos teriam respaldo legal, acesso a mercados internacionais e uma certificação que garantiria rastreabilidade e confiança ao consumidor.
Além disso, a norma permitiria aumentar a renda e fortalecer o desenvolvimento econômico de Olinalá. Para os criadores locais, isso significaria não apenas preservar sua tradição, mas também dar-lhe um lugar mais competitivo na economia global.