O governo do México busca obter um melhor tratamento tarifário para o aço e o alumínio com os Estados Unidos, afirmou Marcelo Ebrard, secretário da Economia.

Atualmente, as alfândegas americanas cobram uma tarifa de 50% sobre as importações de aço e alumínio originárias de praticamente todo o mundo.

Tratamento tarifário para o aço e o alumínio

Neste sábado, Ebrard disse que o governo tem até novembro para “tentar chegar a acordos sobre vários temas”, entre eles a tarifa de 50% sobre o aço e o alumínio. 

“Estamos discutindo a aplicação de tarifas sobre derivados de aço, porque eles estão puxando a corda e colocando mais coisas, e isso pode nos prejudicar. Mas, no final das contas, o que queremos alcançar? Que a posição do México (em relação às tarifas) seja melhor do que a de qualquer outro país”, disse o funcionário, ao final do evento Assinatura do Acordo do Polo de Desenvolvimento Econômico para o Bem-Estar de Puebla.

Novas frações tarifárias

O Departamento de Comércio anunciou a adição de 407 frações tarifárias à lista de produtos derivados de aço e alumínio sujeitos à Seção 232. Aplica-se a mercadorias entradas ou retiradas para consumo a partir das 12h01 (horário da costa leste) do dia 18 de agosto de 2025.

As alfândegas americanas aplicam tarifas de 35% ao Canadá e 25% ao México para produtos que não cumprem o T-MEC devido à suposta falta de cooperação em matéria de fentanil e migração; de 25% para veículos leves de ambos os países (excluindo o conteúdo americano) e de 50% para aço, alumínio e cobre também para as duas nações.

Revisão do T-MEC

Ebrard informou no dia 5 de agosto que a revisão do T-MEC começará em setembro de 2025, assim que a presidente Claudia Sheinbaum emitir a convocação respectiva.

Desde o início de seu segundo mandato presidencial, em 20 de janeiro de 2025, Trump aumentou as tarifas sobre as importações americanas de todos os seus parceiros globais. Para implementar essas tarifas, o presidente citou as autoridades da Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA) e a Seção 232 da Lei de Expansão Comercial de 1962.