A política comercial do Reino Unido passou do Brexit, em 2020, para o TTIP, em 2024, e para o EDP, em 2025.
O Brexit deu ao Reino Unido a possibilidade de negociar seus próprios acordos de livre comércio com países como os Estados Unidos ou o Japão, sem depender do consenso dos 27 membros da União Europeia.
Apenas um ano após o Brexit, o Reino Unido solicitou formalmente sua adesão ao TTIP. Depois de um processo de negociações, ele se tornou membro em 15 de dezembro de 2024.
O Reino Unido reformulou sua estratégia em relação ao Indo-Pacífico. Seu objetivo é abrir novos mercados, atrair investimentos e reduzir a dependência dos mercados tradicionais. Para isso, optou por diversificar as cadeias de suprimentos e fortalecer a conectividade econômica.
Ao mesmo tempo, reforçou sua presença diplomática e militar na região. Além disso, assinou acordos de livre comércio com países do Indo-Pacífico. Como parte dessa ofensiva, o país também se tornou um parceiro de diálogo da ASEAN.
Política comercial do Reino Unido
O Reino Unido decidiu romper com a União Europeia em 2020. Embora fosse membro do bloco, nunca adotou o euro como sua moeda. Sua saída, conhecida como Brexit, marcou um ponto de inflexão histórico.
Como uma das maiores economias da Europa, sua saída teve consequências imediatas. Ela alterou o equilíbrio político do continente. Também gerou incerteza econômica e afetou o comércio regional. Além disso, forçou uma redefinição dos acordos bilaterais com os países.
Mais recentemente, o presidente dos EUA, Donald Trump, deu sinal verde para a implementação do ADP (Acordo de Prosperidade Econômica com o Reino Unido). O pacto foi assinado em 8 de maio de 2025. Ele redefine o comércio bilateral em setores relevantes.
O acordo impõe uma tarifa de 25% sobre o aço, o alumínio e seus derivados provenientes do Reino Unido. No entanto, prevê sua eliminação gradual. Por meio de cotas isentas de impostos, os dois países buscam aliviar as tensões comerciais. No caso dos automóveis, a tarifa cairia de 25 para 10%.
Em troca, o Reino Unido se comprometeu a fortalecer a segurança em suas cadeias de suprimentos. O país também terá que garantir a transparência na propriedade das fábricas de produção. Washington, por sua vez, oferecerá uma cota tarifária de nação mais favorecida para determinados produtos de metal.
Os dois lados também iniciarão negociações para facilitar o comércio de produtos farmacêuticos. O Reino Unido disse que melhorará o ambiente regulatório para atrair investimentos do setor.
Comércio internacional
O Reino Unido foi o 14º maior exportador de mercadorias do mundo em 2024, com US$ 513 bilhões e um aumento de 2% em relação ao ano anterior.
Por outro lado, o país foi o quarto maior importador global de mercadorias, com US$ 816 bilhões, um aumento de 3% em relação a 2023.
Em termos de seu comércio de serviços comerciais com o mundo, o Reino Unido foi o segundo maior exportador (US$ 645 bilhões) e o quinto maior importador (US$ 399 bilhões). Em ambos os casos, teve um crescimento anual de 11%, de acordo com dados da OMC.