O crescimento econômico do Peru acumulou cinco trimestres consecutivos ao subir 3,9% no primeiro trimestre de 2025.
Essa recuperação é explicada pelo impulso dos gastos privados. O consumo e o investimento se fortaleceram, em meio a mais empregos, inflação baixa e taxas de juros menores. Até mesmo o investimento residencial mostrou sinais de recuperação após 10 trimestres de queda.
Além disso, os gastos do governo também ajudaram no crescimento. Entretanto, as exportações líquidas diminuíram. As importações cresceram muito, especialmente em insumos industriais e bens de capital, superando o avanço das exportações.
Crescimento econômico do Peru
Em 2024, a economia peruana cresceu 3,3%. Essa foi uma clara recuperação do declínio de 0,6% em 2023, o mais acentuado desde 1990, excluindo o colapso de 2020 devido à pandemia.
Vários fatores estiveram por trás do desempenho ruim em 2023. O El Niño costeiro atingiu culturas e setores importantes. A seca afetou a produção nas áreas rurais. Além disso, conflitos sociais paralisaram regiões inteiras. Somaram-se a isso a queda na confiança dos empresários e o impacto do ciclo político sobre o investimento público.
Apesar desses altos e baixos, o Peru mantém uma economia aberta. Possui tarifas baixas e poucas restrições comerciais. Seu modelo ainda se baseia em exportações de minerais, agroindústria e serviços.
Embora enfrente desafios estruturais, como a informalidade e a desigualdade regional, o país mostra sinais de resiliência. Com estabilidade monetária, abertura comercial e um ambiente favorável aos investimentos, a economia peruana continua entre as mais dinâmicas da América Latina.
Acordos comerciais
O Peru é um membro fundador da Comunidade Andina de Nações (CAN) e da Aliança do Pacífico, juntamente com o Chile, a Colômbia e o México. Também participa de acordos com o MERCOSUL, a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) e a União Europeia.
Em nível bilateral, o Peru assinou tratados com parceiros estratégicos. Esses incluem Cuba (2001), Chile (2009), Estados Unidos (2009), Canadá (2009) e Cingapura (2009). Também são dignos de nota a China (2010), a Coreia do Sul (2011), a Tailândia (2011), o México (2012) e o Japão (2012). Outros acordos relevantes foram celebrados com o Panamá (2012), Costa Rica (2013), Venezuela (2013) e Honduras (2017).
Nos últimos anos, a expansão do comércio continuou. O Peru assinou cinco novos tratados. Em 2014, avançou para a Aliança do Pacífico com o México, a Colômbia e o Chile. Em 2016, concluiu um acordo com o Brasil. Finalmente, em 2017, com Honduras, e em 2018, com a Austrália. Nesse mesmo ano, também aderiu ao Acordo de Parceria Transpacífico (TTIP), que reúne 12 países.