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Pescarias mundiais totalmente exploradas ou sobreexploradas: 90%

Segundo a FAO, mais de 90% das pescarias do mundo estão totalmente exploradas ou sobreexploradas.

A má notícia: a procura crescente de proteínas de peixe não pode ser satisfeita pela pesca de captura tradicional. 

Até agora, a produção global total da pesca de captura tem-se mantido relativamente estável desde o final da década de 1980, com as capturas a oscilarem geralmente entre 86 milhões de toneladas métricas e 96 milhões de toneladas métricas por ano, com 90 milhões de toneladas métricas registadas em 2020, o último ano para o qual existem dados da FAO. 

Em contrapartida, a AquaBounty Technologies salienta que, durante o mesmo período, a produção de peixe de aquacultura aumentou de 14 milhões de toneladas métricas para um nível de 88 milhões de toneladas métricas em 2020, representando atualmente 49% da produção mundial de peixe. 

Para alimentar a população em crescimento e satisfazer a procura de proteínas de peixe, será necessário que a produção aquícola quase duplique até 2050. 

De acordo com a FAO, prevê-se que a população mundial se aproxime dos 9 mil milhões de pessoas até 2050, ou seja, um crescimento de aproximadamente 15% nos próximos 27 anos.

Pesca mundial 

Para além do aumento da procura de alimentos por parte de uma população em crescimento, o aumento dos rendimentos e a urbanização de uma classe média em crescimento conduzirão a um aumento da procura de fontes de alimentos proteicos. 

E, de acordo com a FAO, o consumo mundial de peixe aumentou mais rapidamente do que o de todos os outros alimentos de proteína animal.

Há muito que o consumo mundial de peixe tem vindo a aumentar a um ritmo mais rápido do que o de qualquer outra fonte de proteínas animais, e espera-se que esta tendência se mantenha. 

Com a sobrepesca a ameaçar já o ecossistema marinho da Terra, prevê-se que, no futuro, uma proporção significativamente mais elevada do consumo de peixe seja criada em explorações piscícolas do que capturada na natureza.

Além disso, Nocera salienta que o conflito comercial entre os EUA e a China levou a um aumento da procura de produtos de peixe não chineses no mercado americano.

Redacción Opportimes

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